Café com RapaDura #02

Pauline Croze, a delicadeza em forma de música francesa




“T’es beau, t’es beau parce que t’es courageux, de regarder dans le fond des yeux, celui qui te défie d’être heureux”


A cultura francesa sempre me chamou atenção — seja através dos filmes, das roupas, costumes e músicas. Há um tempo, em uma das minhas buscas por cantoras francesas, me deparei com o talento e delicadeza de Pauline Croze: ela canta, toca guitarra e violino desde os 14 anos.

Seu estilo é denotado como folk/pop, no entanto, ela consegue surpreender com sua magnitude musical. A primeira música que conheci da artista foi “T’es beau”, que faz parte do primeiro álbum que leva seu nome “Pauline Croze” lançado em 2005, é melhor que o segundo Un bruit qui court lançado em 2007. Talvez por ser menos clássico, esse pertença ao ritmo “tradicional” francês, mas não deixa de ser bom e vale muito à pena escutá-lo também. Creio que existam certos momentos para cada estilo de música.





Há pouca informação sobre Pauline nos sites brasileiros, porém é possível saber um pouco mais no site oficial: www.paulinecroze.com, e nada como o Google Tradutor ou umas aulinhas de francês, só não vale deixar de conhecê-la e sentir essa música sensível e forte.

                                                                                                                               - Por Camila Fontenele

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Paixão além da flor da pele


O final do filme Wicker Park (em português, Paixão à flor da pele) atende às expectativas dos mais românticos: o casal apaixonado finalmente se reencontra. Tendo The Scientist (da banda Coldplay) como trilha sonora, o desfecho não poderia ser melhor, certo? Pense de novo.

Questões como amor obsessivo e platonismo são alguns dos temas que ficam em evidência no decorrer do filme. A obra retrata, em cenas fragmentadas, doenças ligadas à paixão. Antes de analisar a película cinematográfica, vamos nos lembrar das personagens e da trama: Matthew é apaixonado por Lisa, amiga de Alex, garota que também gosta do protagonista. Colega de Luke, Matthew é um rapaz que nunca escondeu de si, mas sim dos outros, sua grande paixão. No desenrolar da história, Alex tenta conquistar o personagem principal, mesmo que tenha que usar seu parceiro e mentir para sua companheira de quarto para conseguir o que quer.

Quase todas as personagens interagem entre elas o tempo todo, com exceção de Rebeca, que aparece somente no início e ao final do filme, apesar de ser noiva daquele que é peça fundamental de toda a trama. Matthew é o centro de tudo porque todos os acontecimentos acontecem ligados a ele: a procura pelo seu amor, a perseguição amorosa que sofria de Alex, e a amizade com Luke, que é como uma ponte para as ações que acontecem.



Entre decepções, é possível eleger Rebeca como a pessoa que foi mais lesada psicologicamente, apesar de ela manter-se como uma personagem secundária o tempo todo. Mesmo com raríssimas aparições, o término, sem motivos aparentes, de um relacionamento de quase dois anos não é nada menos do que traumático.

Encontramos algumas curiosidades no comportamento Alex, uma atriz, com sua personalidade histriônica. Algumas características deste distúrbio são: a necessidade de ser o centro das atenções e o comportamento exibicionista, vindo a calhar bem com a vida dos palcos de teatro em que ela encenava. A perseguição pelo seu objetivo é algo sem limites, calcada no egoísmo e beirando a insanidade. Talvez a situação tenha chegado a esse ponto por ela não ter se conformado em que o amor que sentia deveria ser somente platônico.

Isso também nos faz questionar o porquê Matthew escolheu Rebeca para amar, sendo que na realidade gostava de outra pessoa durante todo o tempo. Pressão social? Desejo de esquecimento? A reposta deve ser uma pensada pelo espectador.

Em uma primeira sessão, o filme parece uma grande história romântica sobre o reencontro de duas pessoas que se completam. Porém, mais do que isso, há muitas questões colocadas em pauta no comportamento de cada personagem. Wicker Park traz algumas reflexões: até quando vale a pena esperar por um amor? Quanto vale a paixão? Será que realmente amamos o que dizemos que amamos?

                                                                                                                                    - Por Rafael Morais


c|~| com rapadura





A coluna Café Com RapaDura dá as caras por aqui todo dia 15, às 16h. Sorva sem moderação.

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