Canta, ó musa, a edição "Inspiração" da RapaDura



Imagerm: Elisa Quartim

Olá! Bem-vindo a edição nº01 da Revista RapaDura. Mais um canal de cultura e diversão na internet pra você.

Em nosso número de estreia, a Loucura foi nosso tema e não por acaso nesta edição elegemos Inspiração. Já notou como alguns dos maiores gênios criativos que o mundo conheceu flertaram com a loucura? Do conflito da relação o que o artista deseja e o que ele obtém, pode-se ficar louco. E por tempos imemoriais o homem buscou justificar tanto a obtenção como a falta da capacidade da criação através de espíritos inspiradores, musas, modelos de influência, só trabalho mesmo e muito mais artifícios de expressar artisticamente, é sobre um pouco disso que queremos conversar aqui, e durante as reuniões de pauta, qual um caderno em branco, as ideias não surgiam. Percebemos que não abordaríamos apenas a Inspiração, mas também a falta dela.

Para nos ajudar em tarefa tão espinhosa, convocamos poetas, artistas, filósofos,  pintores e até uma criança de 10 anos. Rainer Maria Rilke e Cézanne ressurgem em texto da filósofa Francisca Rutigliano acerca do livro “Cartas sobre Cézanne” do primeiro sobre o processo criativo do segundo.

O poeta Chacal, que acaba de completar 60 anos, nos fala da influência de Oswald de Andrade e do Tropicalismo sobre seu trabalho escrito. Revela a influência de Allen Ginsberg sobre seu trabalho oral. E decreta: “Todo poeta quer ser um pouco João Cabral de Melo Neto” citando o poeta pernambucano conhecido por não acreditar em “inspiração”, mas sim, em composição. E você terá uma palhinha da entrevista no nosso teaser, mais abaixo.

Propomos a sete fotógrafas mulheres (amadoras e profissionais) para que fizessem um ensaio com “O Que as Inspira?” Apesar de não acreditarmos em “arte de gênero”, pedimos a um (único) homem fotógrafo que também revelasse o que o inspira como contraponto. A exigência foi simples: fotos sem tratamento. Qualquer modelo de câmera – até de celulares e a moda dos aplicativos foram aceitos.

O artista plástico André Renaud analisa seu processo criativo e o de outros artistas e mostra algumas de suas obras para a RapaDura.

O poeta Guila Sarmento, compõem dois poemas francamente (des)inspirados. Singelo e inspirador; ou não. O jovem Alex Sens tece um inusitado conto com as autoras Sylvia Plath e Virginia Woolf. Christiane Angelotti, em uma crônica, resume uma questão (e uma solução) comum a quem escreve. Homero Gomes nos envia uma “Roleta”.

Em artigo provocante, Flavio Aniceto nos leva a questionar a inspiração política no mundo do samba e suas formas de discurso e contra-discurso. A Cultura da Identidade, da Lamentação, da Perfomance e do Entretenimento em Noel Rosa, Aracy de Almeida, Martinho da Vila e Mart'nália, entre outros. A música popular brasileira, inspirada, vem à tona.

As musas e suas vísceras abrem a edição em texto do professor e jornalista Mauro Trindade na próxima segunda, se o autor conseguir inspiração para terminá-lo. A conferir!

Esperamos que gostem e que o conteúdo os inspire a criação. OU simplesmente para ficar sentado no sofá. Pois, como diria Drummond “é preciso inspiração até para atravessar a rua”.

Inspire-se!







2 comentários :

  1. Rapadura é doce mas não é mole não: um bordão pode fazer a diferença e que diferença! Assinei, curti... ah, li!

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  2. @Paulo Laurindo :D Obrigado, Paulo! Esperamos que continue lendo essa e as próximas edições!

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